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Michel Gondry, diretor de 'Rebobine, por favor', dá uma entrevista coletiva surpreendente

28-11-2008 20:15

‘Há coisas em Hollywood que eu desprezo’, diz cineasta Michel Gondry, diretor de 'Rebobine, por favor', que está no Brasil.

Diretor de “Brilho eterno de uma mente sem lembranças”, o francês Michel Gondry está no Brasil para o lançamento de seu filme mais recente, “Rebobine, por favor”, que deve entrar em cartaz ainda neste mês (a data ainda não foi definida) e também para a abertura da exposição baseada no filme, que estréia no MIS (Museu da Imagem e do Som) na próxima terça-feira (2).

Em entrevista coletiva à imprensa nesta sexta-feira (28), o cineasta falou sobre seu processo criativo, a indústria da publicidade e Hollywood. “Já houve uma aproximação entre nós, mas as pessoas se aproximam de mim sem conhecer meu trabalho, minha filosofia. Querem apenas um rótulo para os filmes deles”, explicou.

“Há coisas que eu desprezo em Hollywood, como o tratamento que eles dão aos personagens nos filmes. Todo mundo é apenas bom ou apenas mau. Os ricos são sempre maravilhosos e os pobres, sempre estúpidos.”

Quanto ao mercado publicitário, Gondry demonstrou desdém semelhante. “Tenho contradições e problemas éticos quanto a comercias. Quando me pedem se podem reproduzir algo que fiz, às vezes digo sim porque preciso do dinheiro, às vezes digo não.”

Para ter as idéias inovadores e inusitadas que povoam seus filmes, Gondry conta que parte de uma idéia, faz um primeiro rascunho e aí tem que superar suas inseguranças para levar o projeto adiante. “E não assisto a TV. Uso-a apenas para ver os DVDs que eu compro ou alugo. Acho que isso me ajuda a mergulhar no processo criativo.”

Questionado sobre a legião de fãs que seus filmes independentes conquistaram no mundo todo, ele dispara: “Prefiro que meu trabalho tenha estimulada alguém do que tenha servido como inspiração”.

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